Luís Inocentes

Nasci em Lourenço Marques (Maputo), a 3 de Agosto de 1956 mas só despertei em 1975, o que me levou a muitas peripécias e trouxe problemas acrescidos de amadurecimento.

Fui pai aos 24. Hoje, com cinquenta, lugar comum, tenho a sensação de que foi há dias. E o que se passou desde então!…

Revoltam-me a mentira, a miséria, a injustiça, a prepotência, a má política e as multi-nacionais. Preocupa-me o estado da educação em Portugal.
Gosto de pessoas que não exploram outras pessoas, outros animais, quer selvagens quer amestrados e plantas (que são animais que não saem do sítio).
Gosto de música, cinema, teatro, fotografia, surf, artesanato, bom futebol, da Primavera, Verão, Outono e, menos, do Inverno… é frio! E muitas coisas mais.
Gosto ainda de descobrir novas coisas para fazer.

Sobrevivo, que é como quem diz, ganho o pãozinho para a barriguinha através da jardinagem e sonho ainda poder fazê-lo através do viveirismo de plantas.
Preocupo-me com o presente e o futuro dos que me são queridos e próximos e também com os mais distantes. O mundo está cada vez mais pequeno e por isso é cada vez mais difícil (ainda bem) comer um bife com batatas e ovo a cavalo sem olhar para o lado.

Criam-me ansiedade a violência e o desnorte da vida humana neste maravilhoso planeta que estamos a destruir em ritmo acelerado.
Pensamento (não sei dizer o autor mas para o caso é irrelevante):
«Quando encontramos sem procurar é porque já muito procurámos sem encontrar».
Tenho esperança.