![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH9cnOaRIqlbYuR7QENR4CtjG1xqD8sF3pqhFvc-EYgMPBurl-vms5d1wNr_MrTAqJkIfy_pG0TlsFIhoP4rWNjaM9hH93Ll0SIDk3lDfQsTM7KXxl7sDiJZ1O5OiVLcFr0IdyOLRME5s/s400/cindy+sherman.bmp)
«a casa foi abandonada, permanece vazia. duma janela avista-se outra janela. o interior é húmido e escuro. onde uma porta enquadra a outra não se pressentem mais sinais de vida. apenas flutuam aromas, presenças ténues de corpos. o olhar demora-se sobre as geometrias musgosas dos tectos. perco o medo, caminho de corredor em corredor sem acender uma única luz. consigo chegar à porta do quarto da infância, abro-a.»
(Fotografia de Cindy Sherman/ excerto de texto de Al Berto incluido na compilação O Medo, Assírio e Alvim)