Certo dia, instado a pronunciar-se sobre a idade das Oliveiras nesta zona do Alentejo, o Sr. José Boteta, agricultor autóctone na casa dos sessenta anos, retorquiu:
- Eh, companheiro, essas árvores aí têm para cima de uma moitona de anos, vá-se lá saber quantos?! Séculos! Ê sei lá... Então vocemecê não vê esses troncos? Isso leva séculos a fazer...
- Eh, companheiro, essas árvores aí têm para cima de uma moitona de anos, vá-se lá saber quantos?! Séculos! Ê sei lá... Então vocemecê não vê esses troncos? Isso leva séculos a fazer...
Alguns anos mais tarde, poucos, na "Alma e a Gente", José Hermano Saraiva dedicava um dos seus programas a estas mesmas árvores, localizadas na zona limítrofe da vila de Viana do Alentejo, atribuindo-lhes desde 300 a perto de 1000 anos. Companheiras de vinhas aqui existentes há muito, sobreviveram-lhes apesar de já muitas terem sido arrancadas para dar lugar a pastos, terrenos agrícolas, pomares, hortas e alguma construção.
A da foto, cá para mim, terá seguramente mais de quinhentos anos.